quarta-feira, 18 de julho de 2012


DEZ POEMINHAS
Mário Valladão


1
Leio poemas como quem precisa desesperadamente de ar...
Como quem conta os últimos minutos de existência...
Poetas! Colocai vossas máscaras de oxigênio sobre mim!
Ainda não assineis minha Eutanásia!


2
Conto os meus dias lentamente
Como quem não se importasse com a pressa

Aliás, pra que tanta pressa
Se posso viver um bocadinho mais?

A pressa não é só inimiga da perfeição,
É também a mensageira da morte.

Não quero encontrá-la tão cedo
 Quero viver cada dia como se lê um poema:
Com calma, alma e sem trauma!


 3
A chuva que batia na janela
De repente espantou a mariposa que ali estava
Solitária e calma

A mariposa assustada voou para longe
E levou consigo meus pensamentos!

Oras bolas chuva!
Por que viestes roubar de mim e da mariposa
Momento tão contente?


4
O menino que me abraçava forte
Dizia ter sentido saudades de mim

Talvez olhando assim pra cima
Pensasse fosse eu um bom modelo de pai, amigo, instrutor...

Pobre menino indefeso
Mal sabe ele que o poeta é um fingidor!


Da janela do meu quarto vejo a montanha
Verde, imponente...
Tão distante de tudo que estou acostumado a ver:
Carros, concreto, fumaça cinza...

Ah! Se eu tivesse um grão de mostarda!
Levaria essa montanha embora pra São Paulo comigo!

Ourilândia do Norte – Pará
23 de novembro de 2011


5
No tique taque nervoso das teclas de meu computador
Revejo poemas, fotos... Antigas canções...
Ah! Se pudesse voltar no tempo!
Faria tudo de novo?
Não sei...
 Minha Nossa! Só sei que ainda quero ser feliz!


 6
Doces palavras essas que leio de ti poeta,
 Lentamente entrando pelos meus ouvidos caem, não sei como,
Em minha corrente sanguínea,
 Fazendo pulsar mais rapidamente esse coração ferido,
Se cortassem meus pulsos agora jorraria dali a tinta negra
De tua pena,
E quem sabe assim pudessem ler:
Aqui jazz quem um dia também amou!


7
Tenho agora de sair, e nem escrevi o que realmente queria,
E o que é o querer? Será algo que realmente se quer? Ou que de que se necessita?
Porque se pudéssemos querer o que na verdade queremos,
Talvez nem quiséssemos nada, ou melhor...
Que tal escrever um poeminha? 


8
Ama, amar, amor, amore...
Como achá-lo sem o conhecer?
Como o compreender sem achá-lo?
Penso que a vida se resume nessa busca.
Se nossa vida fose um filme se chamaria:
“À procura do amor


9
Já escrevi poemas...
Já fiz canções...
Já elaborei projetos...
Só me resta agora encontrar a felicidade!


10
Os jovens de agora não precisam de doses de Whisky,
 Vodca e energéticos pra se sentirem contentes,
Precisam mesmo é de doses de Quintana, Pessoa e Drummond
Pra se sentirem gente!







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