sábado, 31 de março de 2012

Ócio e Industrialização Cultural.

Aprendi ontem, 30 de março de 2012, no Seminário Servo de Cristo, em São Paulo, com o amigo e compositor goiano Carlinhos Veiga, que para os gregos, o ócio era o momento da contemplação, momento de reflexão e também criação artística. Hoje pejorativamente, entendemos ócio como, vagabundagem, preguiça e outros adjetivos mais, porém o artista ainda necessita desse tempo para sua criação.

Com o advento da Indústria Cultural, segundo Theodor Adorno (filósofo, ligado à escola de Frankfurt), o ócio virou negócio! É a negação do ócio. É preciso agora não "perder" tempo, produzir em escala "industrial" a cultura para, cada vez mais, vender o seu "produto" artístico.

A música cristã, também conhecida como "gospel" passa atualmente por esse processo de industrialização, oferecendo à "massa" de consumidores uma arte "engajada" com o "lucro" certo e rápido. Existem pessoas sérias, comprometidas com a verdade nesse meio? Não tenho dúvidas que sim! Porém enquanto estiverem "vendendo" seus talentos e dons aos grandes empresários também fazem parte dessa "manipulação" gananciosa.

Músicos, atores, escritores, dançarinos, fotógrafos, pintores, escultores que "optam" por serem chamados de artistas cristãos precisam também de garantir seu sustento trabalhando com a arte, porém dentro de padrões éticos, justos e com a dignidade que convém aos cristãos.

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